sábado, 31 de outubro de 2009

Mito do progresso.



O desenvolvimento acelerado da técnica e da ciência, principalmente nos dois últimos séculos, criou o mito do progresso. Segundo essa crença, tudo tende para o aperfeiçoamento, mediante a atualização de potencialidades que se encontram em estado latente, embrionário, bastando serem desencadeadas pela tecnologia decorrente do saber científico.
No entanto, vivemos hoje a crise dos valores. O ideal do progresso inexorável é desmistificado quando constatamos que o desenvolvimento da ciência e da técnica sempre vem acompanhado pelo progresso moral.
Nesse sentido, é possível entender essa estranha situação: embora nunca tenhamos adquirido tanto saber nem tanto poder, também é verdade que o acréscimo de saber e de poder não tem sido acompanhado de sabedoria. Sabemos o que fazer e como fazer, mas perdemos de vista o para quê fazer.
Fazemos essa triste constatação quando nos defrontamos com uma sociedade altamente desenvolvida do ponto de vista tecnológico, mas que pouco ou quase nada se preocupa com as questões de convívio humano.
Ter olhos para o humano é perceber o desequilíbrio produzido pela má distribuição da riqueza e a conseqüente generalização da miséria, a violências das guerras com seus armamentos cada vez mais precisos, os níveis insuportáveis de competição na sociedade individualista, o consumo desenfreado criando necessidades artificiais, as desordens morais da sociedade centrada nos valores de posse.
No entanto, a grande maioria das pessoas está mais preocupada com o seu cotidiano individual, com os problemas práticos de alcance imediato. Encontra-se aí uma das inúmeras contradições da sociedade pós-industrial: apesar da saturação de informações, por serem essas tão rápidas e fragmentadas, nem sempre permitem a sua reorganização de forma crítica.
Presenciamos um período de crise: a razão, que deveria servir para vincular o homem ao real a fim de compreendê-lo, para escolher o que é melhor para a sua vida, essa razão se acha completamente “enlouquecida”. O problema não está, portanto, no desejo de progresso, mas sim no fato de que os meios são perversamente transformados em fins.
A atual geração do imediato, do pragmático, do competitivo, do apenas emotivo, é somente um lamentável lapso histórico de desobediência, de perda, de des-humanidade (e de des-Graça).
Resistir é preciso, criar é preciso, escrever é preciso. O Espírito sopra e nos cura, e nos reconstrói pela capacidade de abertura, pelo diálogo de corações, pela coragem do dizer.


Antes de construir, tem-se que derribar - já dizia Salomão!


Há tempo para todo propósito debaixo do sol! Eclesiastes 3:1-8 - onde aprendemos a “dialética da construção e da desconstrução” como dinâmicas necessárias e sadias neste mundo de vaidades que nos colocam, a todos, correndo atrás do vento; ou tentando prender o vento.


Todos nós somos apenas e sobretudo seres inacabados...

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

... ando mesmo descontente




Tá tudo uma confusão!
Uma confusão muito simples,
Ou nada simples,
Depende muito de que a vê, de quem a sente e de como a sente.


Ando mesmo descontente, impressionada com o desnecessário em minha vida e com a grande amiga saudade.
É, tudo se reduz em nostalgia!
[...]
Onde tudo era bem mais natural, mais belo e bem mais simples. Me assusto o que nós, humanos, tornamos nossa ‘vida’, trazendo ao nosso dia a tristeza e a dor de todos os outros que se seguem.

É, a adormecida dor. Talvez nem tão adormecida.
É terrível como deixamos tudo passar tão rápido, e o quanto a importância por pessoas se vai e entram a importância das coisas. É, isso resulta em sonhos e projetos sendo afogados pelas circunstâncias, e o pior, saber que o que sou é também o que escolhi ser, que o que está aqui engasgado é o que o medo não deixou sair, e que na verdade a culpa não é de ninguém senão minha.



Ahhh..
Tempos que não voltam arrancam suspiros. E os de daqui pra frente também. Para o ultimo talvez suspiros mais cansados...


E o que me resta então?


Digo que me resta continuar convencida de que quero viver sem conformismos; de não somente lembrar de um bom tempo que passou ...
Quero olhar pra frente e voltar a VIVER um bom tempo, simples e perfeito, que está com a mesma cara e com o mesmo endereço. Talvez em uma fôrma diferente, o que ainda assim não muda sua essência.

“vem ressuscitar o que eu deixei o mar levar, minha jóia perdida... pois pra Te encontrar, me prostrei, um dia aqui vale mais que a vida!”

Nem tente entender. Escrevo o que tem aqui dentro. (Lê-se: muita bagunça para arrumar, sujeira para limpar e reconquistar tanta coisa perdida - e também as roubadas!)

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

7º SALIMP





Enfim, chegou a semana. 

De 17 a 25 de Outubro acontece no Centro de Convenções o Salão do Livro de Imperatriz.

Primeiro quero falar sobre a alegria em vê a mega estrutura finalmente dada a esse evento. São 81 stands, música ambiente, variedades, e uma programação maravilhosa na Arena Infantil, Arena Multicultural e, no mais querido por mim, Café Literário.
Segundo, parabenizar a Academia Imperatrizense de Letras, que tanto quiz e fez acontecer esse mega evento cultural na nossa terra, que de fato é um ganho imenso para todos .Ressalto o apoio da Prefeitura Municipal e do Governo do Estado.

Por fim, deixo o convite a todos para esse maravilhoso evento, que além dos grandes mestres da região contará com a presença de Caco Barcellos e Gabriel o Pensador como palestrantes.

domingo, 18 de outubro de 2009


pra falar do amor tenho que aprender a repartir o pão,
chorar com os que choram,
me alegrar com os que cantam...
se não ninguém vai me ouvir.


Se a verdade é tão simples, onde erramos?
ou o que deixamos de fazer?
Se não há mais segredos,
Por que complicamos?
poucos entendem a verdade!
Pra fazer diferença não basta ser diferente
de que modo eu mudo a história?
com discurso ou com ação?

O que na verdade somos?
o que você vê quando me vê?
Se o mundo ainda é mau
o culpado está diante do espelho!
...
Pra que serve a luz que não acende?
Não ilumina a escuridão.



***O que na verdade somos - Fruto Sagrado

sexta-feira, 16 de outubro de 2009



Nostalgia.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

A respeito do cuidado pessoal


Depois de se verem livres da opressão do faraó do Egito, depois da longa caminhada pelo deserto e antes da travessia do rio Jordão para tomar posse da terra prometida, o povo de Israel ouviu várias vezes a exortação de Deus pela boca de Moisés: “Tenha cuidado!”. O conselho não foi dado depois da ocupação do espaço prometido desde Abraão, Isaque e Jacó. Não foi dado depois de uma experiência desastrosa. Não foi dado tarde demais. O conselho foi dado na ocasião certa.

Cuidado de quê? Cuidado em que direção? Ora, a lei tinha acabado de ser escrita nas duas placas de pedra e de ser lida do alto do monte Sinai. Não eram disposições tirânicas de alguém que queria exibir autoridade e de ver todo mundo de joelhos na sua presença. Eram leis saudáveis para garantir o bom relacionamento entre a criatura e o Criador, como não adorar outros deuses, não materializar o culto nem profanar o nome santo de Deus (Êx 20.1-7).
Eram leis saudáveis para garantir o bem-estar do ser humano quanto ao equilíbrio entre trabalho e descanso (Êx 20.8-11). Eram leis saudáveis para garantir o bom relacionamento dos seres humanos no âmbito familiar entre pais e filhos, entre marido e mulher (Êx 20.12, 14). Eram leis saudáveis para garantir o bom relacionamento dos seres humanos dentro de uma sociedade mais ampla, formada de pessoas diferentes e mais distantes (Êx 20.13-17).

Era o cuidado com essas normas de comportamento que os descendentes de Abraão deveriam ter de antemão: “Povo de Israel, tenha o cuidado de cumprir a lei de Deus [...] e tudo correrá bem para vocês” (Dt 6.3, NTLH). Moisés volta a falar sobre o assunto em seguida: “Obedeçam cuidadosamente a “todos” os mandamentos e leis que ele lhes deu” (Dt 6.17). Todas as ordens deveriam ser levadas a sério, não só o “não mate”, o “não roube” e o “não adultere”, mas também o “não minta” e o “não faça imagens de escultura”.

Outro cuidado era com a graça de Deus: “Quando o Senhor os levar para essa terra [a terra da promissão] e vocês tiverem comida à vontade, tenham cuidado de não se esquecerem de Deus, que os tirou do Egito, onde vocês eram escravos” (Dt 6.12). A mesma ordem é dada com outras palavras: “Tomem cuidado para não ficarem orgulhosos e esquecerem o Senhor...” (Dt 8.14). Esquecidos da graça, do favor imerecido, o ser humano torna-se perigosamente convencido e autossuficiente.

O cuidado para não cair em pecado, para não se distanciar de Deus, para não esfriar na fé, para não perder Jesus de vista, para não abandonar o primeiro amor, para não descer a rampa da apostasia, para não se tornar dependente de vício, para não perder o ânimo — deve ser uma providência rigorosamente contínua. Está escrito: “Cuidado, irmãos, para que nenhum de vocês tenha coração incrédulo e perverso, que se afaste do Deus vivo” (Hb 3.12).


Ultimato, Jul-Ago 2009, p.12

domingo, 11 de outubro de 2009

Tempos sem ouvir uma banda que pra mim fala muito, que mudou minha visão, ampliou e continua acrescentando a cada acorde.
Hoje fica uma das maravilhosas letras de Fruto Sagrado ... De Deus não se zomba, de seu melhor álbum: O que na verdade somos.

“Virei-me e vi todos os que estavam sendo oprimidos debaixo do sol, vi as lágrimas dos oprimidos e não havia quem os consolasse, de um lado estavam o poder de seus opressores e não havia quem pudesse confortá-los. São mais felizes os que já morreram do que os que ainda vivem. Melhor do que ambos é aquele que ainda não nasceu, aquele que não viu as obras más que se fazem debaixo do sol. Vi que todo trabalho e toda obra que o homem executa causa inveja no seu próximo. Isto também é vaidade e aflição de espírito”

Que mundo construímos? Quem é o inimigo?
Qual é a nossa religião? Não aprendemos a lição!
Como estamos longe de Deus... caminhamos para trás...
A cada vida ceifada por bombas lançadas daqueles que se dizem cristãos!

Não se engane! O que o homem plantar ele também vai colher!
Por quê? Porque de Deus não se zomba!

E agora? Como falar de paz?

Como impedir a raiva no coração dos oprimidos?
Como colher a paz onde só plantaram a guerra?
Como experimentar o amor de árvores regadas com o ódio?
Criamos lobos e agora queremos viver com ovelhas!
Nos tornamos hedonistas, materialistas, cínicos, geradores de morte,
fome, atraso e injustiça! Progenitores de fanatismos doentes e letais!
Essa é a nossa humanidade! Essa é a nossa civilização!
Parece não haver limites para a irracionalidade humana!
E com certeza não há limites para a justiça de Deus.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009






.. Il est seulement possible de voir avec le coeur. L'essentiel est invisible pour les yeux.