sábado, 30 de julho de 2011

Dia de ficar triste

Tão eu, sem nós,
E a mesma vista de sempre:
Porta, estrada, asfalto, automóveis.
A porta me convoca a ser humano.
A estrada me chama de irmão pequeno.
O asfalto quer afeto.
E os automóveis nada percebem.
Eles correm e somem
Da vista de sempre,
Do tempo Agora.


André Virtud

quinta-feira, 21 de julho de 2011

A única e verdadeira igreja: a de Cristo

Não quero ser A igreja “certa”, que visa ‘eliminar o emocionalismo’ e me tornar intelectualista racional sem sentimentos que só pensa que os outros são errados e pequenos, me esquecendo que há muita coisa pra plantar. Sábio é aquele que não vive de excessos nem na beira, mas no centro.
Não quero ser a igreja que exige ser aceita - com as muitas diferenças e defeitos – e respeitada como a única e verdadeira, e me esquecer de aceitar os outros como eles são. Deve-se sempre desejar que todos sejam aperfeiçoados por Cristo, e isso somente ele pode realizar. Aquele que tem sede vai à fonte e encontra água – e VIVA! Alguns mostram o caminho e vão junto, mas outros só querem impor (só pra causar e mostrar que é bom o suficiente).
Não quero mostrar minha “diferença” e excluir as dos que andam ao meu redor. Não quero ser hipócrita e me tornar um julgador rotulista, que, por fim, só se preocupa com as coisas externas [que sempre passam ou matam], e que de tanto falar e analisar se paralisou (como disse Chico: “de muito gorda a porca já não anda”).
Não! Não quero perder a beleza de enxergar a Igreja de Cristo com toda sua multiformidade e graça – dadas por Deus; que sendo o criador vê que ninguém é igual a ninguém, porém, sua graça é igual para todos!
Não quero nada além do que a Palavra Viva me ordena: Ser mansa e humilde, ajudar os que necessitam e me doar EM AMOR por aqueles que, mesmo com diferenças, servem o mesmo Deus que eu sirvo e tem a mesma missão.
Essa é a igreja que eu quero ser! Prudente, flexível, amável, respeitável e que ouve e respeita a todos, mesmo que eles não me agradem; contando apenas que [em tudo] Deus seja glorificado. Não me importando com rótulos, maneiras nem estratégias iguais ou diferentes das minhas; importando os FRUTOS, e a permanência deles no caminho da Verdade.
O que o outro pode e deve não sou eu quem sabe, é ele. Ele sabe o que lhe cabe ou não. Assim como eu o sei para mim. Condenamos algo do outro como se particularidades não existissem. Isso se chama intolerância, precisamos mesmo é aprender com Romanos 14.
Para que sua ordenança seja cumprida com alegria, amor, temor e tremor. Não o meu evangelho, nem o seu evangelho; mas o evangelho de CRISTO. Nisto lhes conhecerão: SE AMARDES UNS AOS OUTROS (Jo 13:35) – e essa é a marca do Evangelho de Cristo!

Que, como Paulo, oremos para que [pela fé] tenhamos raízes e alicerces no amor (Ef 3:17). Tu, porém, atende ao que Deus te chama! Pois, aquele que não ama não sabe NADA de Deus (1Jo 4).
Amor não por um movimento, comunidade ou instituição religiosa. Mas amor pela Igreja de Cristo espalhada por toda a terra.
Você vê defeitos? Mude-os! Encontrá-los é fácil, são beeem visíveis e inúmeros. Se mover e fazer alguma coisa para mudar é outro papo... E mudança é algo construtivo, não destrutivo; e sempre começa por mim.
Aquele que quer trabalhar pegue as ferramentas e comece a suar, temos muito a fazer. Aos que não querem: muito ajuda aquele que não atrapalha. Mas seja inteligente de verdade, e útil. Falar nunca substituiu o agir numa mudança.
Porque o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas JUSTIÇA, PAZ e ALEGRIA NO ESPÍRITO SANTO. Porque quem nisto serve a Cristo agradável é a Deus e aceito aos homens. Sigamos pois as coisas que servem para a paz e para a edificação de uns para com os outros. Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo para diante de Deus. (RM 14)

Sigo querendo transformar a mim mesma [pela PalavraViva], antes de querer moldar os outros à minha maneira.

“... não quero me enterrar em teorias mortas; não quero ser mais um número frio, congelado, insensível.”