segunda-feira, 28 de dezembro de 2009



"é que eu nasci com o pé na estrada
e a cabeça lá na lua..."


terça-feira, 15 de dezembro de 2009

"O tempo em face da eternidade"



[...] De tudo, ficaram três coisas: a certeza de que ele estava sempre começando, a certeza de que era preciso continuar e a certeza de que seria interrompido antes de terminar. Fazer da interrupção um caminho novo. Fazer da queda um passo de dança. Do medo uma escada. Do sono uma ponte. Da procura um encontro.

[...] Se nós mesmos, que nos conhecemos mais do que ninguém, somos de tal maneira precários no julgamento de cada um, é porque não sabemos nada [...] A consciência é inútil, sem uma convicção adquirida. Isso que estamos fazendo é inútil, é masoquismo. Não temos importância, somos apenas três coisas largadas, desarvoradas, aflitas.

[...]Você quer ser dono do seu destino e ninguém é dono de coisa nenhuma.

[...]Seu maior defeito ainda era a pressa. A ganância de viver.

[...]A musica é o silêncio em movimento, Bach sabia disso, Mozart também, Beethoven só descobriu quando ficou surdo.

"...Juntar os despojos do naúfrago, construir um barquinho, sair remando..."

"Acontece, entretanto, que nascemos para o encontro com o outro, e não o seu domínio."

'Não analisa não!' *


*Fragmentos de Encontro Marcado, do Fernando Sabino.

Ultimamente sem tempo pra escrever,
e a tendência é ficar assim até o finalzinho do ano.

Deixando belas palavras ...

Até mais! (:

domingo, 6 de dezembro de 2009

GO!


"Uma pessoa (sábia) me disse uma vez: "Você nasceu ser humano. E, se vc nasceu ser humano, tem que ser complexo. Tão complexo a ponto de ninguem te compreender."
É o que eu tento desde então." (Pág. 112)

"Conformismo é uma das piores formas de morte em vida que você pode ter. Acomodar-se é muito mais fácil do que tentar. Por isso, quando menos esperar, você pode se deparar com a triste certeza de que seu tempo já passou. Vale o mesmo para o desânimo. Portanto, tente. [...]
Até dar certo." ( Pág. 217) 

GO - Nick Farewell

The Messiah - Bloodgood

Take him down, take him down
Move him gently, hold his head
Wipe his face, clean the blood off
Lay him here, wrap him in this cloth

Lift him up, lift him up
Move him easy, careful now
He's the Messiah

Tears are filling, eyes of sorrow
Hands are touching, no one's speaking
His eyes are empty, skin's so white
His body's cold, it has no life

He's the Messiah
He's the Messiah

Go! Into the world and tell
All of creation he lives
He lives in the hearts of men
He said, "Go! Into the world and tell
All of creation he lives
He lives in the hearts of men"

Dry your eyes, hold each other
Lift your thoughts, you are brothers
He's the Messiah

Don't be afraid, he has risen, he's not here
Why are you trembling with fear?
Just as he told you, just as he said
They could not stop him, he is not dead!

He's alive!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Tô realmente longe daqui. Muito longe. E eu realmente gosto [muito] disso [tudo].
Acho que pela primeira vez falando de mim (tirando meu clichê básico e natural de nostalgia), quero dizer pra quem me ouve que não tô muito com os pés no chão não, mais eufórica do que nunca, literalmente voando. Minhas semanas tem tido muito rock´n roll, hehe, e um aperto por causa do fim do período, do trampo. Previsível.

Mas mudemos [completamente] de assunto.
Ultimamente tenho tido imã para livros num mesmo contexto. E juro que por pura coincidência. Não sei também se você sabe que eu devoro livros. É minha doença – sem cura e de estimação. E apesar da ‘falta de tempo’ quando começo a ler um já era! Ou termino ou enlouqueço. Mesmo.
Enfim, falando então de livros que encontrei esse mês passado. São tão comuns entre e si e completamente complexos – tinham de ser. Falo de romances feitos e contados por jovens escritores (poetas), brazucas, apaixonados pela vida, intensos, loucos, detalhistas, encantadores, difíceis, estranhos, boêmios e em busca do amor.
É, o bendito amor! Mais não vou falar disso.
Quero falar desses maravilhosos livros que li: O encontro marcadoFernando Sabino, e GONick Farewell.
Não terminei de ler GO (e a cada página fico mais encantada, mais tá terminando). Mas digo que está sendo uma injeção, acompanhadas de muitas risadas e, confesso, uma remota identificação com o personagem. E vou ter muito o que falar e citar dele por aqui, tô realmente encantada pelo personagem, pela história...
Mas, falando de O encontro marcado, é uma história interessante de um rapaz de Minas: poeta, escritor, precoce. Mais não tô aqui pra fazer uma rezenha, realmente sem tempo pra isso, e mesmo não é a intenção. E, pegando algumas palavras de ‘outrens’...

“(...) história de um jovem em desesperada procura de si mesmo e da verdadeira razão de sua vida. Quase absorvido por uma brilhante boêmia intelectual, seu drama interior evolui subterraneamente, expondo os equívocos fundamentais que vinham frustrando sua existência e sufocando sua vocação.
O encontro marcado é a história de Fernando Sabino? Sim, mas não se trata de uma autobiografia. É a história atormentada de toda uma geração, naquilo que ela tem de essencialmente dramático. No meio das confusões da vida, procura-se um valor que dê sentido à des_concertante experiência pessoal de quem trava um duelo de morte com a vocação furtiva.
História de adolescência e juventude, de prazeres fugidios, desespero, cinismo, desencanto, melancolia, tédio, que se acumulam no espírito do jovem escritor Eduardo Marciano, um homem que amadurece num mundo desorientado. Ele vê seu matrimônio quebrar-se quando já não pode abdicar; por força de sua própria experiência, o suicídio deixa de ser uma solução. Nessa paisagem atormentada, ele deve renunciar a si mesmo, para comparecer ao encontro com uma antiga verdade.“

“O ritmo do livro é muito bonito. E a história é ‘subjetiva’ sem a pieguice do ‘subjetivo’. O livro todo parece filmado em luz de rua. Por isso às vezes dá a impressão desconcertante da falta absoluta de ‘literatura’ — e então se sente que este é o mundo até sofisticado da literatura. O estratagema é quase uma ausência de estratagema.” CLARICE LISPECTOR

“O ROMANCE de Fernando Sabino nos põe em contacto com o drama dos moços sem raízes que não sabem o que fazer do corpo, da alma e da vida.(...) O grande problema, apesar da insistência com que alguns personagens declaram que não existe problema, é o da humana sorte. Na realidade, é Deus o personagem principal do romance. Com extremo bom gosto, e sem nenhuma preocupação edificante, Fernando Sabino deixa o extraordinário misturar-se ao ordinário da vida, e o invisível comandar o visível.” GUSTAVO CORÇÃO


LEIA! [sempre!]
nem tudo vale a pena.

e nem tudo está perdido enquanto não ser perde a cabeça.