sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Tô realmente longe daqui. Muito longe. E eu realmente gosto [muito] disso [tudo].
Acho que pela primeira vez falando de mim (tirando meu clichê básico e natural de nostalgia), quero dizer pra quem me ouve que não tô muito com os pés no chão não, mais eufórica do que nunca, literalmente voando. Minhas semanas tem tido muito rock´n roll, hehe, e um aperto por causa do fim do período, do trampo. Previsível.

Mas mudemos [completamente] de assunto.
Ultimamente tenho tido imã para livros num mesmo contexto. E juro que por pura coincidência. Não sei também se você sabe que eu devoro livros. É minha doença – sem cura e de estimação. E apesar da ‘falta de tempo’ quando começo a ler um já era! Ou termino ou enlouqueço. Mesmo.
Enfim, falando então de livros que encontrei esse mês passado. São tão comuns entre e si e completamente complexos – tinham de ser. Falo de romances feitos e contados por jovens escritores (poetas), brazucas, apaixonados pela vida, intensos, loucos, detalhistas, encantadores, difíceis, estranhos, boêmios e em busca do amor.
É, o bendito amor! Mais não vou falar disso.
Quero falar desses maravilhosos livros que li: O encontro marcadoFernando Sabino, e GONick Farewell.
Não terminei de ler GO (e a cada página fico mais encantada, mais tá terminando). Mas digo que está sendo uma injeção, acompanhadas de muitas risadas e, confesso, uma remota identificação com o personagem. E vou ter muito o que falar e citar dele por aqui, tô realmente encantada pelo personagem, pela história...
Mas, falando de O encontro marcado, é uma história interessante de um rapaz de Minas: poeta, escritor, precoce. Mais não tô aqui pra fazer uma rezenha, realmente sem tempo pra isso, e mesmo não é a intenção. E, pegando algumas palavras de ‘outrens’...

“(...) história de um jovem em desesperada procura de si mesmo e da verdadeira razão de sua vida. Quase absorvido por uma brilhante boêmia intelectual, seu drama interior evolui subterraneamente, expondo os equívocos fundamentais que vinham frustrando sua existência e sufocando sua vocação.
O encontro marcado é a história de Fernando Sabino? Sim, mas não se trata de uma autobiografia. É a história atormentada de toda uma geração, naquilo que ela tem de essencialmente dramático. No meio das confusões da vida, procura-se um valor que dê sentido à des_concertante experiência pessoal de quem trava um duelo de morte com a vocação furtiva.
História de adolescência e juventude, de prazeres fugidios, desespero, cinismo, desencanto, melancolia, tédio, que se acumulam no espírito do jovem escritor Eduardo Marciano, um homem que amadurece num mundo desorientado. Ele vê seu matrimônio quebrar-se quando já não pode abdicar; por força de sua própria experiência, o suicídio deixa de ser uma solução. Nessa paisagem atormentada, ele deve renunciar a si mesmo, para comparecer ao encontro com uma antiga verdade.“

“O ritmo do livro é muito bonito. E a história é ‘subjetiva’ sem a pieguice do ‘subjetivo’. O livro todo parece filmado em luz de rua. Por isso às vezes dá a impressão desconcertante da falta absoluta de ‘literatura’ — e então se sente que este é o mundo até sofisticado da literatura. O estratagema é quase uma ausência de estratagema.” CLARICE LISPECTOR

“O ROMANCE de Fernando Sabino nos põe em contacto com o drama dos moços sem raízes que não sabem o que fazer do corpo, da alma e da vida.(...) O grande problema, apesar da insistência com que alguns personagens declaram que não existe problema, é o da humana sorte. Na realidade, é Deus o personagem principal do romance. Com extremo bom gosto, e sem nenhuma preocupação edificante, Fernando Sabino deixa o extraordinário misturar-se ao ordinário da vida, e o invisível comandar o visível.” GUSTAVO CORÇÃO


LEIA! [sempre!]

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