sexta-feira, 9 de março de 2012

Explosões



Tantas convicções, alguma razão e muitas jóias perdidas. Minhas certezas agora configuradas, meu rosto embaçado e um violento mar dentro de mim.
Um mar em erupção.
Tanta coisa perdida aqui dentro, que uma só rede não dá pra pescar.
Perdi o que não tive, tenho o que não preciso, quero tudo que há. Perdas impalpáveis, versos não ditos, tudo muito abstrato pra quem delira em coisas reais.
O tempo corre e eu nem sei pra onde... Ele corre bem mais que minha insatisfação. Sabe-se que ele vai e eu tenho pressa. Em mim não resta tempo pra viver em vão.
Quero encontrar o que fui, o que sou e o que seria. E em face da atemporalidade desvendar alguns segredos, beijar a sensatez ou simplesmente regredir para um futuro menos quebrado. Já não sou a mesma, talvez jamais a seja, mas não serei o que sou.
Hoje quero o mar, e peço à chuva que me deixe ver o sol se pôr. Talvez encontre o sono, beba lucidez e discuta com a verdade, e ela ganhe. Talvez veja o paraíso, brinque com a loucura e finalmente abandone a solidão.
A razão mora em algum lugar. A casa é grande, baterei em todas as portas do meu ser. Enfrentarei esse mar de silêncio e caos.

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